As condições para a delegação de autoridade.

As mulheres sejam submissas a seus pró­prios maridos, como ao Senhor ... Maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela... Assim também os maridos devem amar as suas mulheres como a seus próprios cor­pos. Quem ama a sua esposa, a si mesmo se ama ... Não obstante, vós, cada um de per si, também ame a sua própria esposa como a si mesmo, e a esposa respeite a seu ma­rido (Ef. 5:22, 25, 28, 33).

Filhos, obedecei a vossos pais no Senhor, pois isto é justo .. . E vós, pais, não provo­queis vossos filhos à ira, mas criai-os na dis­ciplina e na admoestação do Senhor ... E vós, senhores, de igual modo procedei para com eles, deixando as ameaças, sabendo que o Senhor, tanto deles como vosso, está nos céus, e que para com ele não há acepção de pessoas (Ef. 6:1,4, 9).

Deus assiste na congregação divina; no meio dos deuses estabelece o seu julgamento. Até quando julgareis injustamente, e toma­reis partido pela causa dos ímpios? (SI. 82:1-2).

Alguém que seja irrepreensível, marido de uma só mulher, que tenha filhos crentes que não são acusados de dissolução, nem são insubordinados. Porque é indispensável que o bispo seja irrepreensível como despen­seiro de Deus, não arrogante, não irascível, não dado ao vinho, nem violento, nem cobiço­so de torpe ganância, antes hospitaleiro, ami­go do bem, sóbrio, justo, piedoso, que tenha domínio de si
 (Tito 1:6-8).

E que governe bem a sua própria casa, criando os filhos sob disciplina, com todo respeito (pois se alguém não sabe governar a própria casa, como cuidará da igreja de Deus?); não seja neófito, para não suceder que se ensoberbeça, e incorra na condena­ção do diabo (1  Tm.  3:4-6).

Dize estas cousas; exorta e repreende tam­bém com toda a autoridade. Ninguém te despreze 
 (Tito   2:15).

Ninguém despreze a tua mocidade; pelo contrário, torna-te padrão dos fiéis, na pa­lavra, no procedimento, no amor, na fé, na pureza (1 Tm. 4:12).

Porquanto para isto mesmo fostes chama­dos, pois que também Cristo sofreu em vos­so lugar, deixando-vos exemplo para seguir­des os seus passos (1 Pedro 2:21).

As autoridades que Deus estabeleceu na fa­mília são os pais em relação aos filhos, os ma­ridos em relação às esposas, e os senhores em relação aos servos. No mundo as autoridades são os reis em relação aos súditos e os gover­nantes em relação aos que lhes estão sujeitos. Na igreja são os anciãos em relação ao povo de Deus e os obreiros em relação ao seu trabalho.

1.  Maridos. A Bíblia ensina que as esposas devem estar sujeitas a seus maridos; mas os maridos devem exercer autoridade com uma con­dição. Três vezes em Efésios 5 os maridos são convocados a amar suas esposas como amam a si mesmos.
O amor de Cristo pela igreja estabelece o exemplo para o amor que os maridos devem dedicar a suas próprias esposas. Assim como Cristo ama a igreja, os maridos devem amar suas esposas
Se os maridos quiserem representar a autori­dade de Deus devem amar suas próprias esposas.

2.  Pais. Sem dúvida nenhuma os filhos devem obedecer aos pais; mesmo assim, a autoridade dos pais tem sua responsabilidade e condições tam­bém. As Escrituras dizem: "Pais, não provoqueis vossos filhos à ira." Apesar do fato de os pais terem autoridade, devem aprender a se controlar diante de Deus. Não devem tratar seus filhos de acordo com seus caprichos, pensando que têm direito absoluto de fazer assim uma vez que os geraram e os estão criando.
É sumamente necessário que os pais se contro­lem, isto é, sejam capazes de se controlar através do Espírito Santo.
O objetivo de toda a autoridade que os pais têm para com os seus filhos é instruí-los e criá-los na disciplina e admoestação do Senhor. Nenhu­ma ideia de dominação ou castigo está envolvida; a intenção é a educação e proteção amorosa.

3.  Senhores. Os servos devem ser obedientes aos seus senhores, mas ser senhor também en­volve condições. Os senhores não devem ameaçar nem provocar seus servos. Deus não permitirá que suas autoridades delegadas ajam com falta de moderação; devem ter o temor de Deus. De­vem saber que aquele que é o Senhor deles e dos seus servos está no céu e que ele não é parcial (Ef. 6:9). Lembrem-se bem que os senhores tam­bém estão sob autoridade. Embora as pessoas se encontrem sob sua autoridade, elas também es­tão sob autoridade — a autoridade de Deus. Por causa disto não podem ficar sem controle. Quan­to mais uma pessoa reconhece a autoridade, me­nos arrogante e intimidante se torna. Atitudes indispensáveis daqueles que se encontram em po­sição de autoridade são a gentileza e o amor. Se alguém ameaça e julga os outros, ele mesmo logo será julgado por Deus. Portanto os se­nhores deveriam tremer diante de Deus.

4.  Governantes. Devemos nos sujeitar às au­toridades governantes. Em nenhum lugar do No­vo Testamento há alguma instrução sobre como governar.
O Velho Testamento descreve-nos as condi­ções para os governantes. As exigências bási­cas para as autoridades governantes são a justi­ça, a imparcialidade, a honestidade e o cuidado para com os pobres. Estes são os princípios que os governantes devem seguir. Não devem procurar seu próprio bem-estar mas manter justiça abso­luta.

5.  Anciãos. Os anciãos são as autoridades na assembléia local. Os irmãos devem aprender a se sujeitarem aos anciãos. Uma qualidade essen­cial dos anciãos, conforme citada em Tito 1, é o autocontrole. Os anciãos devem em primeiro lugar ser estritamente autocontrolados. Quando se escolher anciãos, que sejam escolhidos os especialmente disciplinados. Considerando que os anciãos são escolhidos a fim de cuidar da igreja, eles mesmos devem, em primeiro lugar, saber como obedecer e ficar sob controle para que pos­sam ser exemplo para todos os outros. Deus ja­mais indica para ser ancião alguém que gosta de ficar em primeiro lugar (tal como Díótrefes, 3 João 9). Considerando que são a mais alta autoridade dentro da assembléia local, os an­ciãos devem ser pessoas autocontroladas.
Em 1 Timóteo 3 e 4 menciona-se outra quali­dade essencial ao ancião: deve governar bem a sua própria casa. Esta casa não se refere prin­cipalmente aos pais ou esposas mas especialmen­te aos filhos. Os filhos devem ser mantidos em submissão e respeito de todas as maneiras. Aque­le que sabe ser um bom pai pode ser escolhido como ancião. Exercendo a devida autoridade no lar, está qualificado para ser ancião na igreja.
Um ancião não deve ser uma pessoa convencida. Os anciãos de uma assembléia local não devem ser inclinados à prepotência. Aquele que abusa da autoridade não serve para ser ancião, nem pode dirigir bem os negócios da igreja. Só as pessoas mesquinhas são orgulhosas; não podem levar nem usar a glória de Deus e nem a sua con­fiança. Por isso, um crente novo não deve ser escolhido para ancião para que não fique con­vencido e não caia na condenação do diabo.

6. Obreiros. Em Tito 2:15 a condição para os obreiros como autoridades delegadas no trabalho é específica. Tito servia ao Senhor na base de um apóstolo. Paulo o exortou: "Dize estas cousas; exorta e repreende também com toda a autorida­de. Ninguém te despreze." Para não ser desprezada a pessoa tem de se santificar. Se não for di­ferente dos outros na vida e conduta, se vive relaxadamente e sem disciplina não pode deixar de ser desprezado, é preciso auto-disciplina para que outros nos respeitem e para sermos qualificados como representantes de Deus. Embora seja ver­dade que um obreiro não procura a glória e a honra dos homens, não pode permitir-se ser des­prezado por causa de sua falta de santificação.
Só dois livros em todo o Novo Testamento fo­ram escritos para os jovens obreiros. Em ambos, Paulo exorta para que não se deixem desprezar por causa de sua mocidade; pelo contrário, de­vem estabelecer um exemplo para os outros crentes. Ficar em posição de autoridade custa caro: essas pessoas necessitam santificar-se dentre os demais e ficar preparadas para uma vida solitária. Aqueles que são exemplos dife­rem dos demais quando se santificam. Mas ninguém deve ficar convencido, embora não deva também permitir que o desprezem. Jamais seja convencido, mas também nunca menospre­zado. Quando uma pessoa se torna muito igual às outras, perde o seu ministério. Sua utilidade desaparece, e sua autoridade se perde.
É extremamente importante que a autoridade de Deus seja mantida. Representar autoridade é representar a Deus; estar em posição de autori­dade é ser um exemplo para todos.

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