O Menino, a Onça e a Lua

 O Menino, a Onça e a Lua
Tipo: Ilustrações / Autor: Pr. Pedro Liasch Filho
Contou-me o meu avô uma história, a que ele chamou de O Menino, A Onça e A Lua. É o caso de um lavrador que plantava mandioca para fazer polvilho, com o qual fazia biscoitos para vender na cidade e na vizinhança.
Certo dia, já no escurecer, ele pediu para o filho, um garoto de 12 anos, que levasse uma cesta de biscoitos para um dos vizinhos, que ficava uns dois quilômetros dali. Embora a trilha passasse à beira de uma restinga de mato, e já fosse noite, era lua cheia, e a noite estava bastante clara.
O menino pegou a dita cesta cheia de biscoitos, ajeitou-a sobre a cabeça, e saiu. Quando, porém, chegou à restinga de mato, ele deparou com um vulto que estava bem no meio do caminho. Diminuiu os passos e, devagar, foi se aproximando. Quando chegou bem perto, o garoto levou um grande susto. Era uma onça pintada, que, sentada bem no meio da trilha, estava olhando para a lua.
O menino, pasmado, estático, de tanto medo fechou os olhos e começou a tremer de corpo inteiro. Passado, porém, alguns instantes, um pouco mais calmo, ele abriu os olhos, olhou para frente, para os lados e para trás e não viu nada. A onça tinha desaparecido.
Aí, soltando um grito de desespero, virou-se e voltou correndo para a casa. Chegando em casa, chorando e chamando pelo pai, que também amedrontado, veio abraçá-lo à porta, o garoto, soluçando, disse-lhe: Pai, você não vai acreditar. Eu vi uma onça. O pai, correndo para dentro de casa, a fim de pegar a espingarda, pergunta: Onde está ela, filho? O menino diz: Ela fugiu. Replica o pai: Fugiu? Para onde? E ele responde: Não sei.
Passado o susto, ele contou ao pai que, tendo encontrado a onça no meio da trilha, teve tanto medo que, paralisado, fechou os olhos e começou a tremer incontrolavelmente. Aí, o pai lhe disse: Meu filho, foi isso, a tremedeira, salvou você de uma tragédia. Estou certo de que Deus lhe provocou todo aquele medo, para que você começasse a tremer de corpo inteiro. Com isso, a cesta de biscoitos que estava na sua cabeça, produzindo vibração, fez um ruído estranho, que amedrontou a onça, que, apavorada, acabou fugindo.
Fato semelhante aconteceu com o povo de Israel, que, cercado pelos siros, não podia sair da cidade, nem para conseguir comida (2Re 7). De noite, porém, Deus fez um grande barulho, como se fosse um ruído de muitos exércitos, aliados de Israel, que se aproximavam para atacar os sirios.
Ouvindo esse barulho, os soldados, apavorados, fugiram e abandoram o arraial, deixando para trás jumentos, cavalos, vestimentas, armas e ainda muito mantimento. Isso não só libertou Israel do cerco, mas também acabou com a fome de todo o povo.
“Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito”. Rm 8.28
“Quando passares pelas águas, eu serei contigo; quando, pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti. Porque eu sou o Senhor, teu Deus, o Santo de Israel, o teu Salvador...”. Is 43.1-3.
Extraído do livro, Casos e contos que edificam a alma, da editora Reviva.

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