No quintal de minha casa havia uma galinha d’agola. Se alguém corresse atrás dela, mesmo que fosse uma crainça, provocava o maior tumulto. A pobre coitada fugia, desnorteada, gritando:
“To fraca, to fraca, to fraca...”
é próprio da nantureza da galinha ser fraca, indefesa. Sente-se facilmente ameaçada, com medo.
Já lhe ocorreu, leitor, que ao existe águia d’angola? Não. Não existe águia temerosa.
A águia é conhecida pela sua intrepidez e coragem. Ela não foge à luta. Não se acovarda.
Não se entrega os pontos ante circunstâncias adversas.
A águia é igualmente símbolo de liberdade. Não se sujeita ao cativeiro. Morre, mas não fica presa. “Para a liberdade foi que Cristo nos libertou...” (Sl 5:1).
Nascemos em
Cristo para voar. E voar alto.
À medida que
os filhotes vão crescendo, a mãe águia vai retirando primeiro as penas depois o
capim, para que os espinhos criem certo desconforto e eles alcem vôo.
Deus age da
mesma forma conosco. Quando estamos bem acomodados no nosso ninho, ele, como a
águia, retira as penas, as peles, o capim, os gravetos, e permite que os
espinhos nos incomodem, para que alcemos vôo.
Quando chega o
momento de o filhote aprender a voar, a mãe põe-no sobre a asa, sobe bem alto,
e então se inclina, deixando-o escorregar. E lá vai o filhote descendo todo
atrapalhado. De repente, a mãe desce como uma bala e posiciona-se abaixo dele
para que pouse em suas asas. E repete esse ritual até que o filhote aprenda a
voar.
“Como a águia desperta a sua ninhada e voeja
sobre os filhotes, estende as suas asas e, tomando-os, os leva sobre elas”,
assim o Senhor nos sustenta e, em caso de titubearmos, abriga-nos sob suas
potentes asas. Ele está sempre por perto para nos socorrer. Suas asas são
sempre o melhor e mais seguro abrigo.
“Cobrir-te-á com suas asas, sob suas asas
estarás seguro...” (Sl 91:4).
Oração
Senhor,
Quero ser como uma águia, quero voar acima
das nuvens, quero habitar nas alturas.
Meu desejo é ser como desejas que eu seja.
Livra-me a mente da mediocridade; liberta-me
da visão tacanha, pequena e distorcida que tenho tido de ti até então. Quero
vê-lo como tu és; como o Jesus ressurreto, poderoso que o apóstolo João
contemplou.
Renova a minha visão.
Abra-me os olhos para que eu possa
contemplar tua beleza e majestade.
Eu me declaro livre como águia de Deus para
a glória do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Amém.
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