Prazer no pecado alheio.


Prazer no pecado alheio


Logo depois de sair da arca, Noé plantou uma vinha e, claro, tornou-se então o primeiro vinicultor da época. Assim que colheu suas uvas, fez vinho. E se embebedou. Naquela época era constrangedor ver a nudez de um genitor, considerado até pecado. No entanto, um dos filhos de Noé, Cam, o mais moço, além de ver, ainda foi contar para seus irmãos. Da para imaginar a situação. Noé, bêbado, alegre e nu a dançar pela tenda, totalmente tomado pela bebida.

Mesmo sabendo que seu pai o amaldiçoaria quando soubesse, Cam foi a seus irmãos e relatou o fato, mas não foi por cuidado, foi por zombaria mesmo. Afinal, se fosse por outro motivo e, principalmente por zelo pela integridade de seu pai, ele não seria castigado da forma tão severa como foi.

Faz – nos pensar – e esta foi uma mensagem de domingo, claro – que infelizmente muitas vezes nós encontramos prazer no pecado alguém. O pecado do próximo vale um momento de prazer, por mais doentio que possa ser este nosso comportamento e por maiores que sejam as conseqüências deste em nossas vidas. Isto porque Cam sabia que poderia ser até amaldiçoado por seu pai – e realmente foi – mais a alegria em zombar da condição de seu genitor lhe foi melhor no momento que pensar no que lhe aconteceria no futuro. De fato ver em que estado fica uma pessoa sob os efeitos do álcool é de fato cômico para muitos; que o digam os grandes comediantes do mundo que exploram suas verves humorísticas criando personagens que se deixam controlar pelo consumo excessivo de bebida e perdem sua dignidade até. No entanto aquele filho deveria perceber a importância que seu pai tinha para sua vida e para Deus; afinal fora escolhido para salvar a humanidade do dilúvio.

Na prática
Com nossos semelhantes se dá o mesmo. Encontramos prazer em espalhar uma notícia negativa sobre um cristão, esquecendo-nos de sua importância para o Senhor, que o escolheu e chamou para sua maravilhosa luz. Esquecemos que somos seus iguais e podemos cair em erro até pior, afinal não somos super heróis, desprovidos de vulnerabilidades. Somos propensos aos mesmos erros e se não vigiarmos também cairemos. E como diz um sábio pensamento popular, devemos agir com respeito quando passamos por alguém na subida, pois não sabemos quem nos amparará quando despencarmos de lá. Sim, se agirmos com bondade para com os que tropeçam no caminho que leva a vida eterna, estaremos plantando amizade e as colheremos quando por nossa vez tropeçarmos. Cristo mesmo nos deixou uma parábola sobre amor incondicional quando falou sobre o bom samaritano. Antes dele pelo caminho passou um levita e um sacerdote e nada fizeram para ajudar a vítima caída ao longo do caminho, mas aquele samaritano deixou seus afazeres e atendeu aquele desconhecido. Assegurando-lhe paz, tranqüilidade e conforto até seu pronto restabelecimento. É muito fácil apontar o dedo àquele que tropeça, mas estender-lhe a mão é um ato de amizade que reservamos a alguns amigos nossos e muitos nem a estes. Sim, muitos deixam de lado o amigo que tropeça, para eles é difícil encarar as fraquezas alheias, afinal elas refletem seus próprios temores.

Infelizmente, nesses anos todos servindo ao Senhor, tenho visto muitos pastores, cantores, missionários, evangelistas e membros em geral tropeçarem, mas quanto maior a importância deste para a obra do Mestre, maiores são os comentários que se fazem sobre estas pessoas. Infelizmente muitos esquecem que Deus é misericordioso e perdoa – como diz meu pastor – à vista, estes não esquecem os erros alheios, principalmente aqueles que se intitulam santos. São estes, os pseudos santos, quem mais criticam; sejam com palavras ou atos, aqueles que tombam na batalha. Para estes as fraquezas humanas lhes são desconhecidas, isto por que desconhecem o que diz a Palavra sobre a sua responsabilidade para com os demais e a critica a vanglória.

Esquecemos que estamos numa guerra e que cada soldado que cai é uma batalha vencida pelo inimigo do Senhor, afinal esta guerra não é nossa, mas os soldados feridos são nossos irmãos e companheiros de batalha. E como já vi alguns pastores dizerem “os cristão são os únicos soldados que apedrejam e mutilam seus companheiros feridos durante a batalha”. Critico pensamento, mas muito verdadeiro.

Conclusão
Tudo isto me faz lembrar de uma advertência do sábio Salomão, “Quando teu inimigo cai, não se alegre e quando alguém o faz tropeçar não festeje o seu coração”Pr 24.17. Se o Senhor não se alegra quando festejamos a derrota daqueles que nos ferem, que dirá quando temos prazer na desgraça de nosso irmão, seja ele próximo ou não. Se continuarmos lendo, o verso 18 deixa claro que se nos alegrarmos com o mal que se dá aos nossos inimigos, Deus pode recuar até sua ira daquela pessoa, por não ver com bons olhos nossa atitude. Que Deus maravilhoso! Aleluia!

Que o Senhor tenha Misericórdia de seu Exército e possa nos fazer melhor a cada dia e que quando soubermos que um soldado está ferido, que possamos clamar por socorro imediato a ele e pedirmos a Deus, nosso General, que envia pronto atendimento a este. Afinal, como diz a palavra, “e quanto a você que está de pé, cuidado para não cair,” I Co. 10.12 esta advertência deixa claro que somos passiveis de erros e tropeços mil. Afinal quem esta em guerra tem o hábito de temer seu maior inimigo e às vezes são os menores que atacam pela retaguarda.


(Palavra de Domingo)
Pastor Sergio Carlos da Silveira 

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