“...remonta a águia e faz alto o seu ninho?
“Habita no penhasco onde faz a sua morada, sobre o cume do penhasco, em lugar seguro”. (Jó 39:27,28)
Uma equipe de ecologistas americanos propôs-se o desafio de estudar o comportamento das águias. Munidos de uma filmadora com lentes de longo alcance, de até 500 m, decidiram escalar as montanhas do Colorado. E acompanharam dali o processo de construção do ninho de uma águia, num daqueles picos gelados, bem na encosta, no ponto mais perigoso, inacessível. A camada externa era toda de espinhos; a segunda, gravetos sem espinhos, peles de animais e capim. O interior era todo revestido de penas. Depois de concluído tinha dois metros de profundidade e três de diâmetro.
Apesar da neve cá fora, o ninho era todo quentinho, aconchegante, e totalmente protegido do vento.
Os penhascos
são o lugar preferido das águias. Constroem lá seu ninho, e o conservam por
toda a vida. Se ele cai ou sofre depredação, faz outro no mesmo lugar.
De hábitos
sedentários, possuem morada própria, fixa, e não admitem intrusos no ninho.
Várias vezes
na Bíblia Deus associa sua maneira de agir conosco com a da águia. Em Isaías
40:30, ele compara à águia aqueles que nele esperam. E se assim o faz é porque
certas características de águia devem fazer parte de nossa vida – são qualidade
que ele deseja ver em nós.
As águias,
notáveis pelo seu tamanho e vigor, são as aves mais fortes que existem. Devido
à sua imponência, ferocidade, valentia, nobreza, figuram nos emblemas e escudos
das nações desde os tempos da antiga Babilônia.
Os olhos muito
grandes e frontais as diferem das demais aves, e lhe proporcionam uma visão
ampla, panorâmica, que lhe permite lá em cima espreitar a presa aqui em baixo.
Dificilmente uma presa escapa às suas fortes garras.
Todos os
animais que têm olhos frontais são caçadores. A águia é uma caçadora. Prefere
alimentar-se de animais vivos – pequenos mamíferos, aves, cobras, peixes,
insetos.
Não come nada
em estado de decomposição.
Tampouco bebe
água suja.Sua possantes asas lhe permitem um vôo impetuoso, porém seguro e bem
direcionado.
É monógama. Só
aceita um único macho durante toda a vida. Não se “prostitui”.
É livre. Vive
em liberdade e não aceita cativeiro. Se presa, não come, nem bebe.
Enfrenta a
fúria das tempestades; dos ventos retira a força necessária para alçar vôo aos
picos mais elevados.
É corajosa e
destemida. Essa é uma característica própria da águia – ela não se intimida
diante de uma tempestade. Quanto mais forte o vendaval, mais alto ela sobe.
Quando vê o
prenúncio de um vendaval, sai logo do ninho, abre as asas, estufa o peito, e aproveita
a fúria dos ventos para alçar vôos mais altos.
Aproveita os
redemoinhos, as intempéries, porque gosta de estar acima das nuvens.
À medida que
os filhotes vão crescendo ela vai retirando primeiro as penas, depois o capim,
para que os espinhos criem certo desconforto, e eles alcem vôo.
Deus nos
chamou para sermos águia. Para olharmos de cima. Para alçarmos vôo face às
circunstâncias adversas. Para vivermos nas alturas – sem nos cançar, sem nos
fatigar.
O alvo da
águia é ganhar altura.
Façamos como
Davi: “Os meus olhos se elevam
continuamente ao Senhor...” (Sl 25:15).
“Pois em ti, Senhor Deus, estão fitos os meus
olhos...” (Sl 141:8).
Ser uma águia
depende da visão que se tem de Jesus. Quem tem uma visão tacanha do Rei dos
reis jamais será uma águia.
De período em
período a águia renova sua plumagem. Quando as penas estão por cair, a águia
empreende um vôo veloz e mergulha nas águas de um rio para, com o choque,
desprender as penas velhas. Aí então levanta vôo com a força do novo plumacho.
É assim que ela rejuvenesce (Sl 103:5).
Nossas forças
também podem se renovar. Basta que mergulhemos no ria de Deus, no ria da vida.
Deus quer que
sejamos águia. Jesus quer que voemos na tempestade. Quer que sejamos caçadores.
Que enfrentemos o vento, e, quando vier a luta, subamos mais alto ainda.
Sou grato a
Deus, por estar-me ensinando a ser águia. Eu me recuso a ter a visão limitada,
estrábica e medíocre de uma galinha.
Eu quero ser
como águia.
Quando Jesus
perguntou ao cego:
“Que queres que eu te faça?”
Ao que o cego
respondeu:
“Mestre, que eu torne a ver”.
Se desejamos
ter nossa visão de Jesus totalmente mudada, ou restaurada, precisamos fazer a
oração do cego:
“Que eu veja, Senhor”. Que eu te veja
como tu és.
Queremos voar
com asas como águia? Busquemos renovar a visão que temos de Jesus.
Onde estamos?
No alto do rochedo como a águia ou com os pés bem plantados no chão, nos
limites de nosso pequeno “quintal”?
Apreciamos uma
forte tempestade e aproveitamos sua força para subir, ou preferimos catar grãos
de uma bênção aqui, outra ali?
Jesus quer
abrir-nos os olhos e transformar-nos em águias, para alçarmos vôo com ele.
Ele nos deu
visão frontal para o contemplarmos em toda sua plenitude. Rejeitemos toda
tentativa do diabo em querer condicionar nossa visão às limitações de um
quintal. Desfaçamos toda a obra das trevas que tem tentado manter nossos olhos
no chão, voltados para as circunstâncias.
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